terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Neo, Cypher e o culto a epistemofobia

 

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          O filme Matrix, lançado em 1999, marcou a história do Cinema, não só pela inovação tecnológica nos efeitos especiais e uso de câmeras, tão pouco porque apresentava um futuro distópico, outros já haviam sido apresentados pela 7°Arte.


Matrix marcou  a mente dos espectadores principalmente porque trouxe em meio as cenas de ação questionamentos filosóficos que não eram usuais nesse tipo de cinema (o cinema pipocão).

Um dos conceitos que mais me marcaram no filme foi o de que nem tudo (ou quase nada) que percebemos é (ou pode ser) real.

Relembrando: No filme os humanos vivem presos dentro de uma realidade virtual desenvolvida por máquinas inteligentes, entre os humanos existem os libertos que lutam contra essas máquinas fazendo o que podem para libertar outras mentes. Uma clara referência a famosa "Caverna de Platão"?

Sim, mas tem mais aí...


Podemos pensar no filme como simplesmente uma, roupagem nova da alegoria de Platão, mas também podemos pensar em outras coisas: as que tocam na parte da realidade factual do mundo em que vivemos e na falha dos nossos sentidos em perceber todos os detalhes e variações que nos cercam; podemos também pensar  que se trata de uma critica a sociedade humana como um todo, nas amarras invisíveis que nos cercam, desenvolvidas  por estruturas sociais que muitas vezes (normalmente) fogem do nosso olhar, pois estamos tão inseridos nessa estrutura que é "uma prisão que não pode ver, sentir ou tocar" como diz Morpheus para o herói do filme, Neo.


Essa disputa da realidade e a nossa impossibilidade de enxergar o que é real tem ligações com a filosofia do conhecimento mas também fica clara (pelo menos para mim) uma ligação com a sociologia de tradição marxista," e a luta social impossível" de Bourdieu parece se materializar no filme através  da impossibilidade dos não libertos de compreender a realidade que os cerca e muito menos lutar contra ela.

Nessa "batalha" que envolve todo o ser, de maneira integral com sua condição, a percepção real do mundo parece um fardo pesado demais, no filme "alguns não aguentam e enlouquecem" diz um personagem, pode ser que não só no filme  aconteça isso. Na sociedade, muitos preferem se agarrar em certezas nebulosas ao invés de arriscar um conhecer mais profundo, um conhecer do mundo e de si mesmos.

Tentar “despertar” de maneira mais integral (corpo e mente), sem os dualismos cartesianos pré configurados em nós de maneira tão profunda não é tarefa fácil.


Reconhecer que “neste corpo tem gente!” que somos complexos e completos, que não somos simplesmente uma pilha de energia, requer um salto de "fé" como Neo faz no filme. Requer uma disponibilidadel de fazer grande esforços que nem sempre estamos dispostos a realizar. Ainda mais quando parece que todos os esforços para obter conhecimentos mais profundos, produzem poucos resultados positivos (isso quando produzem).


Para muitos, o verdadeiro herói do filme é o vilão Cypher, com sua frase icônica "A ignorância é uma bênção!"  porém nos dias de hoje já podemos ver onde a epistemofobia tem levado grande parte da sociedade e como isso pode ser e é desastroso.

Embora essa busca pela sabedoria possa ser muitas vezes dolorosa, porque em muitos momentos irá envolver se esforçar mais ou abandonar crenças pessoais que se mostram falsas, ainda assim a busca pelo conhecimento (e autoconhecimento) se mostra o único caminho possível para nos tornar mais completos como seres humanos e como sociedade. 

E embora possa ser uma tarefa hercúlea, abrir os olhos e tomar a pílula vermelha, ainda deve ser o caminho...


Matrix (1999)

 Direção: Irmãs Wachowski 

Com: Keanu Reeves, Carrie Anne-Moss, Laurence Fishburne e Hugo Weaving

Nota: 9,0 


Referências

Matrix, Lara e Lana Wachowski, 1999, Warner Bros.

Escola e Democracia, Dermeval Saviani, 1986, Cortex Editora.

Livro, Nesse Corpo Tem Gente! - Um Olhar Para Humanizar O Nosso Corpo, Maria Lucia Teixeira da Silva, 2013, Casa Do Psicólogo.

O que é Aprender?, Hugo Assman.

Corporeidade Humana, uma complexa trama transdisciplinar no aprender, Clésio José dos Santos Gonçalves.

A República, Platão.

domingo, 23 de outubro de 2022

Café com Gibi 73: Games e Política

Games, política, #oldienerd #podcast #cafe #gibi #quadrinhos #comics #marvel #DC #dccomics #anime #animacao #series #netflix #hbo #disneyplus #primevideo #starplus #cimema #filmes

Luciano Xaba conversa com Vinicius Vidal (Salvando Nerd) e Ismael Goulart sobre as conexões entre a indústria dos jogos e o mundo político.

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Aí nerds malditos, gostaram?

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segunda-feira, 25 de abril de 2022

E a pesquisa, serve pra quê?
Pesquisa, pesquisadores da Ficção, oldie nerd, pesquisa no Brasil

Pesquisadores na Ficção


Existe um tipo de personagem recorrente em obras como as  HQs, séries ou filmes, aquele intelectualizado, sempre fuçando em livros, querendo saber mais, pesquisando e inventando.


Achando respostas inovadoras e diferentes que nenhum outro personagem da trama tinha pensado e não são rara as vezes que suas soluções conseguem derrotar o inimigo.

Seja o Fera ou  Besouro Azul, Reed Richards ou Eléktron, Indiana Jones ou Hermione, o espectador nerd acaba se identificando com eles, porque, afinal esses heróis também são "nerds" e mais do que isso são pesquisadores.


Nerd pesquisador


Procurar conhecer algo melhor e se aprofundar em assuntos que gosta - essa é a principal característica de um "Nerd".

No fundo no fundo ser nerd é ser um eterno pesquisador, seja de uma arte específica como os Quadrinhos ou de uma obra em particular como alguma série ou filme.

Pesquisadores espalhados pelas universidades brasileiras são verdadeiros "nerds" no sentido mais puro da palavra.

No entanto, facilmente se pode notar uma desvalorização cada vez maior com os pesquisadores brasileiros (sim, esse pessoal da balbúrdia) e da própria pesquisa e ciência.

Ultimamente a sociedade parece que tem se esquecido da importância vital das pesquisas e como ela gera frutos valiosos para toda sociedade.

Mas geram mesmo? Sim e vamos explicar isso logo abaixo.

Mas afinal para que serve a pesquisa?



Embora seja um termo de uso comum, a pesquisa e sua importância  pode ser colocada em dúvida. Muitas vezes quando confrontados com a pergunta:
"Mas e essa pesquisa serve para quê?" Podemos ter certa complicação em responder de imediato.

Principalmente porque a grande maioria das pesquisas, (sejam elas da área das humanas ou exatas, quantitativas ou etnográficas, qualitativas ou exploratórias, de Astrofísica ou Sociologia) não produzem resultados imediatos, principalmente quando olhadas somente pelo lado "econômico do lucro" já que grande parcela da sociedade aprendeu a valorizar somente aquelas coisas que resultam em ganho financeiro imediato.

O primeiro entendimento que temos que tentar obter é que nem tudo que é importante tem valor monetário imediato.

Pense: algumas coisas que mais valorizamos na nossa vida não geram valores financeiro, muito menos lucros imediatos.


Se no mundo, seja nas ciências exatas ou humanas problemas são identificados, e são identificados porque estão causando algum tipo de prejuízo.
Se não estivessem causando algum dano ou prejuízo para algo não seriam percebidos como problemas a serem solucionados.

Toda pesquisa, parte de algum problema a ser solucionado, cujo os conjuntos de conhecimentos adquiridos até o momento não são suficientes para alcançar uma solução.

Buscar a solução para problemas constituído é  parte central de todo o tipo de evolução e melhora na sociedade humana.
A pesquisa (e pesquisadores) são parte indispensável para toda sociedade que procura melhorar e evoluir, seja em busca de avanços tecnológicos, morais, econômicos ou psicológicos.

A pesquisa impulsiona a evolução do mundo e da sociedade



Para confirmar a importância dos pesquisadores acadêmicos basta lembrar que praticamente todo tipo de evolução ao longo da história da humanidade provém de pesquisas, sejam elas de quais tipo fossem ou por quem fossem executada.

Acadêmicos em busca de um conhecimento até então inédito ou mesmo curiosos experimentando novas formas de executar atividades tradicionais, buscando melhoria nos processos de produção, explorações, interações sociais...

Cada um deles avançando, um passo de cada vez, construindo conhecimento que seria acumulado para a próxima geração de pesquisadores, como uma ponte gigantesca na qual cada geração constrói um pedaço até que se possa, com segurança, chegar a outra margem do rio.


Seja revolucionando o pensamento na Grécia antiga, desenvolvendo técnicas de construção inovadoras no Egito dos Faraós, reformulando o nosso entendimento do universo na Europa medieval, repensando a sociedade e suas interações no século XIX e XX.

Nos dias de hoje continuamente buscando soluções para problemas novos e antigos, Físicos entendem cada vez melhor o mundo subatômico, astrônomos buscam respostas para a origem dos tempos em galáxias distantes, historiadores, psicólogos, educadores, filósofos dando passos em busca de melhorar o mundo através dos mais diversos tipos de visões, todos, buscando soluções para que possamos viver em um mundo que realmente queremos, um mundo mais justo e benevolente para todos.

Pesquisadores, debruçados em suas pesquisas buscando algo que não é facilmente visível mas que com certeza é algo muito mais valioso do que pode ser medido por valores monetários.

Pesquisa e  valor monetário



De quebra ainda temos vastos dados que demonstram que diretamente e indiretamente, a pesquisa científica e acadêmica trás sim inúmeras vantagens econômicas, diferente do que o senso comum e o atual governo Brasileiro querem fazer parecer.

Avanços de pesquisa trazem inovações que podem fazer com que o Brasil deixe de exportar lá de fora certos conhecimentos e tecnologias que custam bilhões em importações, dinheiro que acaba saindo do país e que nunca retornará.

Dados da Clarivate Analytics dizem que entre 2011 e 2016 o Brasil publicou mais de 250 mil artigos na base de dados Web of Science ocupando a 13° posição entre todos os países do mundo, lembrando que desta produção mais de 95% foram publicações de Universidades públicas, as que mais vem sendo atacadas com cortes de verba pelo governo.

Note que nesse período os investimentos na área de pesquisa deixavam o Brasil por volta da 40° posição em investimentos em pesquisa. De lá para cá esse nível de investimento despencou enormemente, chegando em um nível crítico em 2019.

Retirando os investimentos em pesquisas o governo Bolsonaro vai na contra-mão da tendência mundial onde países desenvolvidos e emergentes, que investem cada vez mais nessa área.


Para fortalecer a posição da importância da pesquisa no país, um estudo internacional  mostra que cada dólar investido em pesquisa tem retorno de três a oito dólares.

Financiar pesquisa não é custo para o Brasil e sim investimento.

Então repense antes de repetir asneiras que ouviu por aí sobre o papel da pesquisa e pesquisadores no Brasil (e no mundo) e lembre que todos somos nerds e pesquisadores (de um jeito ou de outro).

-Fontes
Solange Santos; Repensar a Universidade (Repensar a universidade: desempenho acadêmico e comparações internacionais - http://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/224

Matéria do site GGN

Matéria da ABC

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

.hack//G.U., O Jogo da Minha Vida Fora do Meu Top 10!

hack//G.U. Last Recode on Steam

Texto do nosso camarada Marcelo Neves, encontre ele lá no Facebooktwitter ou no instagram

Antes de qualquer coisa, devo deixar claro que isso não é um review, mas sim uma carta de amor ao jogo que me salvou de um período de depressão — o qual eu não darei muitos detalhes no decorrer do texto, pois prefiro evitar gatilhos —, sendo o refúgio onde minha sanidade se renovava, em uma completa imersão em um novo mundo e uma narrativa diferente e envolvente.

 

Lançado em 2006 no ocidente para PlayStation 2, o jogo é todo ambientando no mundo do game intitulado The World R:2, a versão mais atual do MMORPG mais jogado do mundo; e também o substituto do primeiro The World, onde foi ambientado a primeira tetralogia da franquia .hack//, também lançados para PlayStation 2: Vol.1 //Infection, Vol.2 //Mutation, Vol.3 //Outbreak e Vol.4 //Quarantine. Já o caso do .hack//G.U., foi uma trilogia: Vol.1 //Rebirth, Vol.2 //Reminisce e Vol.3 //Redemption.


Todas as capas dos jogos lançados para PlayStation 2.

Porém, talvez seja mais justo dizer que os jogos citados sejam apenas dois jogos, já que tanto a tetralogia quanto a trilogia tem seus jogos ligados. Acredito que isso seja um tanto óbvio, mas vou explicar: cada jogo tem sua sequência começando exatamente na cena final do jogo anterior; E, inclusive, você pode carregar seu save data do jogo anterior, começando o próximo com o mesmo level e itens dos seus personagens. Caso não tenha um save, o jogo te dará um level base e alguns itens, além de um resumo de tudo que aconteceu até ali.

Feita as devidas apresentações, vamos ao que interessa: o jogo em si!

Aqui você encarnar na pele de Haseo, um famoso PKK — sigla para Player Killer Killer, uma espécie de matador de matadores de outros jogadores, os famosos PKs. Porém, ele não é um justiceiro, mas um vingador, pois ele busca PKs desesperadamente tentando obter informações sobre um PK específico: o misterioso Tri-Edge.

Este misterioso jogador é muito temido, pois todos que são atacados por ele entram em coma no mundo real — sim, as pessoas entram em coma fora do The World R:2 —; e Haseo o procurar pois Shino, sua amiga e, até certo ponto, mentora de sua antiga Guilda, a Twilight Brigade está em coma após ter sido atacada pelo misterioso Tri-Edge.


Primeira luta entre Tri-Edge vs. Haseo.

E assim começa a jornada de Haseo, uma viagem de vingança, aprendizados, evolução como pessoa, vínculos de amizade e a compreensão de seus reais sentimentos por Shino, pois o jogo nunca deixa claro se é uma amizade, um respeito profundo, ou um romance — e devo admitir que não deixar isso claro foi a melhor escolhas que os desenvolvedores fizeram, pois isso termina tendo uma forte influência para o desenvolvimento de toda a história do jogo e laços com outros personagens.

Já falando do gameplay do jogo...

Sim, ele é bom! Principalmente para a época de lançamento, um RPG de ação, bem nos moldes da franquia “Tales of...”, mas aqui você apenas controla Haseo e define funções, ou focos, para os demais membros do grupo; além de comandos para golpes em conjunto e especiais.

Cena do combate do jogo.


Rejoguei recentemente só para avaliar o combate. Ele envelheceu um pouco, mas ainda é bem agradável e qualquer um que goste de RPGs de ação, e ainda é muito novo, pode jogar sem ficar tão incomodado; já a velha-guarda dos games... Provavelmente jogará sem críticas negativas.


Uma coisa que chamou muito a minha atenção foi o fato de você nunca estar no mundo real. Sempre que você faz um “log off”  do The World R:2, o jogador é direcionado à Área de Trabalho do computador do protagonista — que lembra claramente o macOS da Apple –, onde você pode acessar Fóruns para buscar informações, responder e enviar e-mails, ouvir músicas do jogo e jogar um Card Game intitulado de Crimson VS, que não é tão bom quanto um Gwent de The Witcher 3: Wild Hunt, ou o Triple Triad de Final Fantasy VII; mas ainda é divertido e rende algumas horas a mais de jogos.

Imagem básica de um deck de Crimson VS.

Uma coisa que não posso deixar de mencionar é a trilha sonora deste jogo que é incrível! Toda ela é composta com uma ópera, com arranjos e instrumentos típicos do estilo.

Uma dica: se você usa o Spotify, digite na busca “.hack//G.U.”, ou apenas “.hack//”; e ouça a trilha sonora do game. Garanto que será uma grata surpresa.

 

A trilha de .hack//G.U. no Spotify.


Mais um mérito que este jogo tem é como ele lida com temas pesados como bullying, depressão, assédio sexual, entre outros; de forma sutil, evitando cenas fortes, optando pela sutileza do contexto para que você entenda a gravidade da situação e traumas que cada personagem passa. E vou confessar a vocês: chorei pela Atoli, pelo Phyllo, pelo Gaspard e, principalmente, pela Alkaid — a minha personagem favorita.

Em 2017 o jogo ganhou uma versão remasterizada para PlayStation 4 e PC (via Steam), com todos os volumes em um só pacote, que além de melhorar texturas e mudar a resolução para os padrões atuais, ainda adicionou um novo volume, o Vol.4 //Reconnection; que pega o gancho da cena final do último jogo — e que eu logicamente comprei em ambas as plataformas —, dando uma última explicação sobre o fim de um personagem específico — que não posso mencionar seu nome, pois seria um spoiler imperdoável para quem decidir jogar este game Spotify — e agora torna .hack//G.U. oficialmente em uma tetralogia. Esta coletânea ganhou foi intitulada de .hack//G.U. Last Recode.

Só para mostrar a minha versão do Last Recode na Steam.

E agora só para mostrar a minha cara e a minha versão Last Recode para PlayStation 4.



E para começar a caminhar em direção ao fim deste texto, gostaria de falar da minha experiência com a franquia.

 

Comprei .hack//G.U. Vol.1 //Rebirth durante uma viagem em 2009. Apaixonei-me pela estética bem estilo anime que a capa do jogo tinha — e tenho que deixar claro aqui: amo animes —; e confesso: comprei só pela capa.

 
Capa do Vol.1 //Rebirth.

Neste mesmo período eu estava trabalhando demais — eu e meu sócio tínhamos muitas brigas — e também estava em um namoro nada saudável, onde eu fiquei preso por conta de ameaças de suicídio da outra parte. Como respeitava muito toda a família da minha ex, cedi aos pedidos de continuar o relacionamento até que ela estivesse bem o suficiente para encarar um término.

 

E só para contextualizar esse relacionamento, ela já tinha problemas antes, mas, por motivos que não posso expor — coisas muito íntimas entre ela e seu pai biológico —, as coisas foram piorando. Ajudei até onde pude, mas chegou a um ponto que começou a me fazer mal; e continuá-lo naquelas circunstâncias me destruiu por completo, pois era o estresse com o trabalho, lidar com um TCC — sim, eu estava no último semestre do meu curso de Publicidade e Propaganda — e ainda me manter num relacionamento em que eu não queria estar.

 

Quando eu estava no momento mais profundo de todos estes problemas, conheci .hack//G.U.. Este jogo virou o meu refúgio, onde eu esquecia o mundo e me tornava Haseo, amigo de Khun e Pi, que se aventurava pelas áreas de The World R:2 e amadurecia com o passar do tempo.

 

O resultado de ter jogando o primeiro volume? Comprei os outros 2 volumes originais! Foram os únicos jogos originais de PlayStation 2 que tive na vida! Vendi o video game, mas fiquei com os jogos, pois eles tinham um valor sentimental muito forte para mim.

 

Mas, infelizmente, em 2020 eu tive que vendê-los, pois são jogos raros, valiam uma boa grana; e eu me meti numa roubada por conta de outra pessoa, que deixou um débito no meu cartão de crédito — sim, fui burro em deixar essa pessoa usar o meu cartão. E como a pandemia complicou muito as finanças lá de casa, vendi para quitar o cartão e ter um problema a menos na minha vida. Porém, ainda comprarei novamente as cópias originais do PlayStation 2, inclusive o Vol.1 também, para deixá-los em minha coleção.



Última foto dos jogos antes de serem postados nos Correios.

Agora, para finalizar, gostaria de dizer para aqueles que se interessaram, tanto pelo jogo, quanto pela minha relação com ele; que deem uma chance a ele, pois é um jogo com uma ideia interessante, personagens carismáticos, sistema de combate satisfatória, um mundo interessante de ser explorado e temáticas que vão te fazer sofre e sorrir junto aos seus personagens. Então fica a dica aí para que tiver PC, PlayStation 4 ou PlayStation 5 — lembre-se, o novo console da Sony roda os jogos de seu antecessor.

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Um Lugar Silencioso 2
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Texto do nosso camarada Marcelo Neves, encontre ele lá no Facebooktwitter ou no instagram


Assisti Um Lugar Silencioso: Parte II neste final de semana; e ele conseguiu entregar um bom filme, uma sequência natural do primeiro, que não estraga o seu antecessor e adiciona elementos que os fãs dos jogos de The Last of Us vão gostar; além de muitas referências sutis ao primeiro filme. 

E um mérito do novo longa foi conseguir adicionar estes elementos e, de certa forma, evoluí-los sem força a barra, uma evolução orgânica do que foi apresentado no primeiro, mas sem abandonar as raízes. 

Vi um pessoal reclamando muito das tomadas de filmagens dos pés, dizendo ser algo Tarantinesco; algo que discordo, pois neste segundo filme os passos, o simples gesto de andar, tem um significado e profundidade muito grande para o roteiro e desenvolvimento da situação caótica onde todos os protagonistas, e coadjuvante, se encontram. 

Eu tinha medo, pois o primeiro filme foi uma grata surpresa e não foi concebido como uma franquia, mesmo tendo deixado um gancho no final para aquele famoso "vai que...". Mas, sem dúvidas, é uma sequência que faz jus ao primeiro filme e para a criação de uma franquia; onde mesmo sem o fresco e surpresa do primeiro filme, entrega algo que, pelo menos, consegue se igualar ao primeiro filme em diversão, suspense e cenas de tensão.


quarta-feira, 28 de julho de 2021

He-Man e os Mestres do Universo - Salvando Eternia
Heman, salvando eternia, rewiew, é bom? Destruiu a minha infância,oldie nerd,

Texto do nosso camarada Marcelo Neves, encontre ele lá no Facebooktwitter ou no instagram

Na boa, não tem o que reclamar da nova animação de He-Man!

Interpretando bem, ela continua a clássica e explica a existência de vários elementos que nunca haviam sido explicados; algo maravilhoso para quem cresceu, amou o desenho e nunca obteve respostas sobres estes elementos, pois eles nunca foram abordados.

Tirar os holofotes do He-Man e deixar o mundo de Eternia à frente de tudo foi a decisão correta para desenvolver uma trama mais complexa, podendo entregar algo mais palpável para um nerd de 35 anos - falo por mim -, do que vários episódios soltos, com uma mensagem e moral da história no final.

Não tiro o mérito que a série clássica conseguiu; mas não acredito que seu formato fosse algo que iria me satisfazer hoje. Explicações de elementos do mundo nunca antes explorados e uma trama mais elaborada, com direito até a um plot twist; com certeza foram as decisões que me fizeram amar estes 5 episódios.




quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Franquia Transformers

Critica - Feito por Henrique Resende
Em 2007 o diretor Michael Bay tinha um projeto muito grande em suas mãos, Transformers já veio com um grande orçamento de quase 150 milhões de dólares  mostrando que tinha tudo para se tornar uma grande franquia e no primeiro filme conseguiu muito bem demonstrar sua força com uma bilheteria  de mais de 700 milhões de dólares. 

Não seria difícil imaginar isso com um filme muito bem feito e com atores muito bem em seus papeis como Shia Labeuouf, Megan Fox,Tyrese Gibson e Josh Duhanel.
Falando um pouco mais sobre o filme, Bay tem um bom roteiro e histórias de seus personagens bem desenvolvidas  do inicio ao fim da trama, as cenas de ação são sensacionais com carros maravilhosos se transformando em grandes maquinas de combate , o trabalho da pós produção foi muito bem executado com as grandes cenas de luta, o que mostrava bem que o próximo filme seria ainda melhor.
Transformers - A vingança dos derrotados foi a segunda parte da sequencia de transformers com um orçamento muito maior de quase 200 milhões de dólares , a receita era a mesma com o mesmo elenco e mesma ideia de filme porém o segundo longa dos grandes robôs teve uma bilheteria maior ainda com pouco mais de 830 milhões de dólares.
O filme tem uma história muito melhor que o primeiro, colocando o real valor da união dos autobots para derrotar os decepticons , a importância de Optimus Prime era óbvia porem a trama consegue mostrar a todo momento  que com a união dos personagens e muita determinação dos protagonistas os vilões foram derrotados mais uma vez.
No Terceiro filme  da franquia, a expectativa era totalmente diferente, afinal uma grande protagonista havia saído da produção, Megan Fox  não estava mais interpretando Micaela por problemas com  Michael Bay, era um problema pra toda a equipe de produção e isso podemos ver no filme, mesmo que o orçamento não tenha tido tanta diferença assim com quase 200 milhões como no segundo filme porém o resultado de bilheteria foi substancialmente maior ultrapassando a marca de 1,1 bilhão de dólares.



O filme em si não tem as mesmas qualidades do anterior, uma história muito confusa em certos momentos , a falta de química entre o casal protagonista é visível em vários momentos, a trama em que o novo chefe de Carly (Rosie Huntington) é parceiro dos decepticons há anos é muito mal explicado e muito curioso como as coisas se encaixam perfeitamente, neste filme se confirmou que o trabalho de Michael Bay na direção haveria algumas dúvidas.
Em 2014 a produção deu uma repaginada em seus atores, principalmente com seu novo protagonista Cade Yeager (Mark Wahlberg), a história mudou completamente principalmente em como Cade conheceu os autobots sendo algo muito mais acaso que algo de família como nos 3 primeiros filmes, a luta entre o bem e o mal também foi muito complexa tendo até mesmo os humanos procurando os autobots para os prender, o lado bom mais uma vez é que as cenas de luta entre  os autobots e os decepticons estavam ótimas e muito bem feitas pela pós produção.

O orçamento era quase o mesmo da ultima produção  e o resultado de bilheteria também se assemelhou com 1,104 bilhão de dólares, o resultado disso tudo foi uma insatisfação com a trama por grande parte dos seus fãs que já podiam observar um filme muito complexo em suas cenas de ação mas muito pouco coerente em sua trama, entretanto os pontos positivos ainda eram mais visíveis que os pontos negativos o que dava sobrevida para um próximo filme.
Transformers - O último cavaleiro vinha com muita duvida por todos da produção do filme visto isso na diminuição em seu orçamento em quase 50 milhões de dólares, entretanto mesmo com esses cortes orçamentários  uma melhora no elenco era visível com a inclusão de Anthony Hopkins e Laura Haddock , pena que foi só no elenco a melhora neste filme
A história se mostrava muito complicada, afinal era duvidoso colocar que os autobots existiam desde que existiam as guerras nos antigos reinos na época do rei Arthur aparecendo até mesmo na 2º guerra mundial seria bem explicado, e acabou não sendo tendo muitas histórias em uma mesma trama.

A bilheteria caiu consideravelmente em meio bilhão de dólares era visível com uma trama que começou com a fuga dos autobots em toda a cidade, depois o descobrimento por parte de Optimus Prime que existia uma força acima dele ainda viva, e procurando por ele em seguida começou a procura dos protagonistas pela tal arma que ajudaria a todos a deter o lado ruim dos grandes robôs, as lutas eram em excesso e sem pouca base para a história como um todo, não que a qualidade da luta em si fosse ruim, mas acabou sendo desnecessária o que acaba colocando o filme como várias lutas que ninguém lembra depois da sessão.

Analisando toda a franquia de Transformers podemos ver que o Diretor Michael Bay se perdeu em suas ideias desde o inicio da franquia, a troca de protagonista no meio da franquia não trouxe bons frutos e acabou colocando a franquia em um lugar muito abaixo do que o esperado pela produção e trouxe o inevitável, a saída de Bay da direção dos futuros filmes de transformers, agora a esperança é que aconteça uma mudança drástica e os resultados sejam imediatos.