domingo, 8 de maio de 2022

O Farol - Mini Analise wasd

analise,Cinema e tv,Review,Parceiros,Filmes,cinema,cult,dafoe,pattisson,farol,lighthouse


Texto do camarada André, de apelido Jesus, nick Etrigunn lá  do Wasd Space 

O Farol
The Lighthouse
2019
Robert Eggers
109 min

Hoje vamos tentar analisar o filme mais, digamos assim, diferente de 2019, O Farol. 
A começar:
Foi filmado com câmeras antigas em película, em preto e branco, na proporção 1.19:1, em uma pequena ilha onde construíram o tal farol. Dito isso, seguimos.



Um velho faroleiro chega ao seu posto de trabalho com seu novo ajudante na primeira cena do filme. Começando tranquilamente sua jornada de trabalho de 6 meses. Uma jornada em direção ao conhecimento de quem é o seu parceiro.

O Farol beira o cinema fantástico


 A narrativa é voltada a isso. No caso, isso
é levado ao extremo. O mais jovem não bebe, o mais velho é beberrão. O mais novo é curioso e quer mostrar trabalho, o mais velho fala que ele nem pode subir no farol.

Os dias vão passando nesse isolamento. A subjetividade de cada cena fantasiosa,
aumentando. Sim, o filme beira o fantástico. Ele não se define, com certeza. 


Cenas bizarras e interpretativas aparecem a todo momento. Uma aumenta o medo do
ajudante após avistar uma sereia, outra aumenta a loucura do velho faroleiro dançando pelado junto a lâmpada do farol.

William Dafoe nos assusta o tempo todo, contando histórias de seu antigo ajudante. Robert Pattinson revela crimes do passado e que usa outro nome. O seu veradeiro é Thomas, o mesmo de seu “amigo”. 

Em O Farol, Robert Eggers entrega uma obra Freud/Cthulhu em forma de filme


Uma tempestade que dura dias os prende dentro de uma casa que está prestes a ruir. Nesse momento, a loucura extrapola os limites, nos deixando em dúvida do
que é real e o que não é.

Acreditamos nos crimes do passado. Outra hora achamos que isso nos foi imposto. Achamos que eles se odeiam, achamos que eles se amam, até demais. 

A dualidade explicitada na relação do velho conservador contra o jovem impetuoso é inerente a qualquer ser humano.


Assim como Freud estudou a mente humana, Robert Eggers usa esse conhecimento e nos entrega um estudo freudiano e/ou cthulhiano em forma de filme.

É, não nos deixa respirar nem um segundo. Nem no formato da tela.

NOTA: 9...queria que o filme se assumisse fantástico ao invés de abrir um leque psicanalítico apoiado em mitos gregos.

Precisamos de histórias sobre monstros submarinos, simplesmente.



Filmes que vão explodir a sua cabeça

Cinema e tv,Reflexão,Filmes,roteiristas,cult,analise,oldieboy,clube,luta,outra,história,americana,abra,olhos

Filmes normalmente são fonte de divertimento por mais ou menos 2 horas. tempo esse que você se desprende da realidade e vai ver histórias fantásticas. Quando aparece o "The End" na tela pronto, já foi, mas existem filmes que não deixam sua mente se desligar assim tão fácil.

São verdadeiros socos no estômago que mesmo quando acabam parecem que ainda permanecem com você por algum tempo, sendo remoídos no cérebro.

E aí vai uma lista de filmes desse tipo que  para mim causaram algum tipo de sensação incomoda (como um soco no estômago) e com certeza valem a pena serem vistos, revistos e pensados.

Clube da Luta

Filme de David Fincher, com Brad Pitt e Edward Norton, baseado no livro de Chuck Palahniuk.

Mostra a criação do tal Clube da Luta por dois caras totalmente diferentes, um yuppe workaholic (Norton) e o misterioso Tyler Durden (Pitt) e sua filosofia da destruição.

O filme já recebeu inúmeras críticas de todos os lados, de conservadores a progressitas, todos tem alguma opinião forte sobre ele. O que já é um bom termômetro sobre relevância e qualidade.

Com roteiro redondo, montagem ágil e trilha sonora sensacional, além de é claro ter os 3 protagonistas do filme em alta performance, fazem de Clube da Luta talvez o melhor filme de Fincher.

Ah, e o plot-twist do final é de explodir a cabeça.   

OldBoy

Filme de  Park Chan-Wook, baseado nos mangás de Nobuaki Minegishi e Garon Tsuchiya.

A trama mostra o protagonista, Oh Dae-Su, sofrendo um terrivel castigo: preso em uma cela solitária por 15 anos, por algo que ele fez no passado, coisa essa que ele não sabe o que é.

Depois de ter sua vida completamente destruída, ele é solto pelos seus captores secretos e então  parte  em busca de respostas e claro vingança, levando a acontecimentos perturbadores.

Park Chan-Wook fez a sua trilogia da vingança, o primeiro foi Sr. Vingança, seguido por OldBoy, fechando com Lady Vingança mas foi nessa 2° parte que ele chegou ao ápice de qualidade. 

Este filme foi lançado com grande repercussão nos estados unidos somente depois que Tarantino rasgou de elogios a  produção sul coreana. 
Será que foi depois de assitir OldBoy que surgiu na cabeça do cineasta a idéia para Kill Bill? 

Preso na Escuridão

Filme de Alejandro Amenábar, com Penelope Cruz.

Suspense psicológico de alto nível, esse filme espanhol pouco conhecido teve remake americano com Tom Cruise, a versão americana nao consegue chegar no nível do original. 

Um paciente desfigurado por um acidente de carro, preso em um manicômio, tem uma sessão de terapia tensa com seu psiquiatra. 

Entre lembranças do passado e fatos nao esclarecidos somos levados a uma busca perturbadora pela verdade escondida dentro da mente do protagonista.

Com toques de ficção cientifica impossível não ficar abalado no final.

Lembrando que esse filme é de 97, vindo antes de filmes dos da próxima década  que usaram muito de suas ideias centrais, que agora podem parecer batidas mas na época me deixaram de boca aberta.


A Outra Historia Americana

Filme de Tony Kaye e roteirizado por David Mackenna, com Edward Norton (de novo!!) e Edward Furlong.

Filme que retrata o neonazismo nos estados unidos.

Mostra a historia do irmão mais velho, que no passado se tornou um jovem líder de gangue neonazista, é  preso por assassinato.

Na prisão passa por experiências que irão mudar sua ideologia de maneira radical. 

Filme se passa em dois períodos de tempos marcados pela fotografia, o passado é retratado em preto e branco.

O filme choca e faz pensar quando começa a desenvolver como seus próprios atos (e de outros ao redor) interferem na história de todos de uma maneira ou outra, para o bem ou para o mal.

E para vocês qual filme mexeu com a cabeça de vocês mesmo depois que as letras de crédito subiram? Comentem aí :-)

quinta-feira, 5 de maio de 2022

6 Músicas que pareciam uma coisa, mas não eram


som,artistico,cultura,artista,cult,análise,musica,


Texto do nosso camarada André Padilha

A música é algo que realmente mexe com os sentimentos da gente. Aquele ritmo, os diversos sons e a harmonia causam na gente imediatamente uma reação. Duvida? Então batuca aí: “tum tum pá/ tum tum pá/ tum tum pá” e verá que o espírito do velho Freddie Mercury vai logo se apossar do teu corpo.

 Não é à toa que nas batalhas antigas os soldados muitas vezes se embrenhavam nas lutas aos sons de tambores e trombetas.


Se a música, sozinha, já causa essas reações coisas curiosas acontecem quando ela é cantada em uma língua diferente

No Brasil, já tivemos casos engraçados, como a versão de Leo Jaime para a música “Sunny”, que virou “Sônia”; ou como o caso da música que dizia “não quero um homem de p** pequeno”, que foi tocada em pleno horário nobre no programa da Xuxa.

Então vamos falar de músicas que falam de uma coisa, mas que o ritmo induz a gente a pensar outras coisas.

Rock and Roll Lullaby – B.J.Thomas


A letra da música fala de um filho e sua mãe adolescente e das dificuldades que ambos enfrentaram durante a infância (de ambos, talvez), sendo que a lembrança do filho é de que as coisas melhoravam quando a mãe cantava seu “rock´n roll de ninar”.

Essa música foi gravada num ritmo de balada romântica e, talvez, tenha colaborado com a concepção de muitas outras crianças.

Curiosamente, ela se tornou o tema musical do casal romântico da novela “Selva de Pedra”, de 1972 e, com certeza, muitos brasileiros dançaram agarradinhos, de rostinho colado, pensando que se tratava de uma linda declaração de amor. Só que não.

Quer dizer, era sim uma declaração de amor, mas não daquelas.

Luka – Suzanne Vega


Se você está pensando em falar “Tô nem aí/Tô nem aí” tire o cavalinho da chuva, pois no caso brasileiro, Luka é a cantora e eu estou falando da música.

Foi um sucesso dos anos 90, lembro de ouvir muito no verão, em carros na beira da praia. Meio dançante, alto astral e presença constante em 10 de 10 festinhas da escola na qual os meninos levavam refrigerante e as meninas salgadinho.

Só que não.

A música fala de violência doméstica, no pior estilo “Maria da Penha”. A personagem da música fala para um vizinho de apartamento que não se importe com barulhos de coisas quebrando, brigas e etc e que “não me pergunte o que foi”, porque ele só “me bate até chorar”.

Tenso.

Daniel – Elton John


Se você abrir a letra da música, vai perceber que nem mesmo em inglês ela não faz muito sentido. Fala em avião, Espanha, irmão e viagem. O ritmo pouco ajuda em dar uma pista sobre o significado da música; até meio “dançante”, tem um toque meio alegre e divertido.

Conhecendo o estilo gay e espalhafatoso do Elton John, aposto que muitos pensaram se tratar de alguma declaração de amor “escondida” para um tal Daniel, situação essa que era bem comum nos anos 70/80.

Mas a letra não foi escrita por ele e sim por Bernie Taupin.

Ela é inspirada numa matéria de jornal sobre a guerra do Vietnam. Conta a história de um soldado que, não querendo deixar triste o irmão mais novo, muito apegado, disse que iria viajar para a Espanha, de férias. Mas o soldado voltou ferido.

De acordo com o escritor: 
“'Daniel' foi a música mais mal interpretada que já escrevemos. A história era sobre um cara que voltou para uma pequena cidade no Texas, voltando da Guerra do Vietnã. Eles o elogiaram quando ele voltou para casa e o trataram como um herói. Mas ele só queria voltar para casa, voltar para a fazenda, e tentar voltar à vida que ele levava antes. Eu queria escrever algo que fosse simpático às pessoas que voltaram para casa”.

Because I got high – Afroman


Os anos 2000 tinham uma coisa meio maluca. Britney Spears, caras com topete e luzes no cabelo; bug do milênio e muito mais.

“Because I got high” é que só um beatbox e voz, com uns caras fortes na zoação, dando risada. Got high em inglês é ficar chapado e a música fala exatamente isso.

Basicamente a música fala de um cara que arruinou completamente sua vida porque ficou chapado. E não tô falando de coisa leve: ele chega a dizer que “Eu não ia fugir da polícia/Mas eu tava doidão (é sério, cara)/Eu ia parar e encostar o carro/ Mas eu tava doidão/Agora estou paraplégico/E eu sei por que (por que, cara?)/Porque eu fiquei doidão”.

Eu não entendi ainda se é sátira, sarcasmo ou uma mensagem verdadeira. O fato é que ao começar a música, a gente instintivamente começa a bater o pé e abre aquele sorriso; totalmente incompatível com o que tá sendo dito.

I will always love you - Dolly Parton


Quem nunca admirou a Whitney Huston se rasgando de amor e cantando essa linda música de amor? 

Tema do filme “O guarda costas” com Kevin Costner, foi o chiclete mais grudento que existiu antes de “Titanic”. 

13 em cada 10 casamentos tinha essa música e 9 em cada 10 cantoras largaram a carreira ao tentar copiar a Whitney.

Pois bem. Surpresa número 1: a música não é da Whitney, ela é da Dolly Parton.

Segundo, embora ela tenha uma letra incrível, falando de amor, ela não trata de nada romântico. 

Dolly Parton fez essa música para um companheiro/amigo de trabalho. Dolly resolveu deixar o programa “The Porter Wagoner Show” que era apresentado por Porter.

Acho que é o pedido de demissão mais lindo da história. 

Pumped up Kicks - Foster The People


Aqui não há um significado oculto, propriamente dito. A letra é bem explícita  mas o ritmo, o clipe e quase todo o resto envolvendo a música nos levam a pensar se tratar de alguma coisa alegre e despojada, igual ao figurino indie dos integrantes da banda.

Nada podia ser tão errado. A letra fala de um menino obviamente com graves problemas psicológicos (pra falar o mínimo!) e o refrão diz nada menos do que: “Todas as outras crianças com tênis caros/ É melhor vocês correrem, melhor correrem mais rápido que minha arma/ Todas as outras crianças com tênis caros/ É melhor vocês correrem, melhor correrem mais rápido que minha bala”.

Sim.. aquela música que a gente assoviou despropositadamente e chacoalhou o corpo fala de um garoto, abandonado pelos pais e que planeja um atentado terrorista contra outras crianças.

Quem quiser salvar a música (e sua consciência, quem sabe) poderia argumentar que é apenas um garoto fantasiando ser cowboy. Mas na verdade não ajuda muito...

domingo, 24 de abril de 2022

Quadrinhos, preconceito e a tomada mundial
Mafalda, QUINO, quadrinhos, literatura, sociologia, critica, Oldie, Nerd
Texto de Vinícius Vidal Rosa
Gamer da velha guarda e editor do site Salvando Nerd

Hoje vivemos à mercê de uma população mundial que parece rebobinar uma fita VHS para rever coisas horríveis do passado e repeti-las.

Vivemos a estagnação da raça humana em ter empatia com as pessoas por puro preconceito de cor, etnia, língua, origem, formato do cabelo e outras adjetivações que não cabem nesse texto. 


Talvez uma grande parte desse problema seja o interesse pela leitura. Em países desenvolvidos, esse problema não é tão frequente. 

Em 2007, foi realizada uma pesquisa que revelou que na França, a média de leitura anual são de 20 livros.
Já no Brasil, esse número chegou a 1,5 livros.



Em uma pesquisa mais recente, revelou que a média de leitura do brasileiro chegou a quase 5 livros por ano, mas destes, 2,45 livros não são concluídos.

Quadrinhos e literatura 


Por muitos anos, disse-se que os quadrinhos não poderiam entrar no hall de literatura, pois era algo visto como "chulo", "uma moda passageira", "algo que deturpava a literatura".

Mas, o que pouco se via naquela época, é a força que esse tipo de mídia teria, para mostrar muitos valores, nos fazer questionar certos paradigmas e criar um ambiente para uma puta crítica social.




Umberto Eco, autor de "O Nome da Rosa", foi um dos grandes defensores dos quadrinhos quando o preconceito com esse tipo de mídia estava em voga.

Em 1963, ele escreveu um texto (disponível hoje no site do The New York Times), chamado "On Krazy Kat' and 'Peanuts".



Após a publicação desse texto, Eco foi duramente criticado por querer colocar quadrinhos no mesmo patamar da literatura, chegando até mesmo a dizer que quadrinhos tinham um potencial narrativo tão vasto quanto um livro.

Em 2015, o autor disse em uma entrevista, que um dos críticos afirmou que ele teria usado termos muito rebuscados da alta cultura, para analisar algo de baixa cultura.

"Um crítico da época reclamou que utilizei termos de alta cultura, para analisar fenômenos de baixa cultura. Essas técnicas eram mais adequadas para assuntos mais importantes, ele escreveu de nariz empinado (...). Aquele crítico esnobe não tinha como prever que um dia estaríamos estudando a linguagem e a história cultura dos quadrinhos, mas também fazendo sua arqueologia colecionando as revistas" - (Umberto Eco, 2015 - transcrição pelo canal "Meteoro Brasil").




Como podemos então, diante de algo assim, ainda pensarmos com tal mentalidade dos anos 60, que quadrinhos não podem ser algo que propõe a mudança? Peanuts, de Charles Schulz, e Mafalda, de Quino, são algumas das obras que utilizam a figura das crianças para inserir pensamentos e questionamentos muito, mas muito adultos, e que permeiam até hoje, como a aceitação, a desigualdade, os medos e anseios das pessoas.




Já outras obras mais "americanizadas", como quadrinhos da Marvel ou DC, utilizam alguns pontos, pra tratar de temas mais sérios. Mas muitos desses tratamentos sérios são quase implícitos hoje em dia.

Já quando foram lançados, poderiam ser enxergados como um um grito de emponderamento.


X-Men, apesar se tratar muito de fantasia, ainda é um enorme brado contra o preconceito.

Mutantes podem ser enquadrados em qualquer uma das chamadas "minorias" de hoje em dia, que lutam pra ter seu espaço respeitado e seguem em busca de direitos igualitários e da sua inserção na sociedade de forma plena, sem julgamentos, sem desmoralização, sem desigualdade.

X-Men é uma das obras mais pertinentes da Marvel que não veio apenas contar uma história sobre um mundo habitado por pessoas com poderes extraordinários que lutam pela paz, mas é o levante de um estandarte de igualdade.

Visto o período em que foi composto, em que a luta racial nos EUA era o levante da nação afro-americana em busca de seu espaço na sociedade, e que as correntes da segregação deveriam ser quebradas como todos os preconceitos.

Mulher-Maravilha, na DC, trouxe o protagonismo da mulher independente, que não precisava ser salva por um herói de capa e collant, mas que possuía a força necessária para vencer suas adversidades.



Ela não apenas se tornou uma representação da mulher dentro do mundo dos heróis, majoritariamente masculino, mas tornou-se um símbolo de luta em busca de direitos iguais para homens e mulheres.

No Brasil, a Turma da Mônica, de Maurício de Sousa é o maior expoente desse tipo de mídia. 



E o mais interessante é que é um dos poucos quadrinhos em nível mundial, que traz protagonistas crianças, com seus dilemas de crianças. Turma da Mônica é uma variável constante, que foca e acerta em alvos variados, por que possui nichos para todos os seus públicos.

Algumas tirinhas é possível notar um tom mais ácido e com um crítica indireta aos costumes da população. Já outras trazem um simples dia-a-dia de uma criança comum, que brinca, chora, faz bagunça e interage com outras crianças.




Em muitos aspectos da nossa sociedade, Turma da Mônica foi a porta de entrada de muita gente no mundo da literatura. 

Com o crescimento de seu público ,muito fiel por sinal, a Maurício de Sousa Produções, resolveu trazer para o público mais maduro as suas Graphic Novels.

Muitas delas, abordando temas mais pesados, como é o caso de "Jeremias - Pele", onde o tema preconceito racial sofre uma abordagem mais próxima com os casos da via real.

Com artistas variados, Maurício de Sousa conseguiu incluir em sua vasta obra, coisas que não caberiam na revistinha tradicional da Turma, embora elas possam aparecer vez ou outra de forma implícita.

Hoje, os quadrinhos transcenderam as páginas de uma revista na banca de jornal. Quadrinhos hoje são séries de TV, são filmes, são adaptadas para jogos de videogame.

São temas de livros escolares, são temas de redação. Quadrinhos conseguiram fazer o que até mesmo Umberto Eco não conseguiu prever, eles conseguiram saltar das páginas para a nossa vida como um todo.




Seja por simples entretenimento, seja para impor uma crítica, todo quadrinho merece ser olhado de várias formas. 

Não é por que utiliza-se de uma linguagem simples e direta, que nada pode ser retirado dali.

Não é por que o autor resume a sua linguagem em três ou quatro desenhos, que não há um significado por trás dessa mensagem.

Quadrinhos podem ser a porta de entrada em um vasto mundo, de mundos. Se soubermos guiar as gerações futuras por esse caminho, certamente os erros do passado, ficarão presos apenas à ele.

E as portas para um futuro digno, estarão sempre abertas, tudo graças aos quadrinhos.
            

quarta-feira, 27 de março de 2019

Explicando o final de 2001, uma odisséia no Espaço
2001 uma odisseia no espaço filme kubrick stanley cabeça

Nesse Enquadrando vamos analisar um dos maiores mistérios da 7° Arte: O final do filme  2001, Uma Odisséia no Espaço de Stanley Kubrick. Qual será o significado que ele queria passar? Ele queria passar algum significado? 

Descubram nesse vídeo.

Fontes de psquisa para esse vídeo:
Na Web:
Artigo:  "Obra Aberta de Umberto Eco no Campo dos Estudos Culturais" de Emanuella, Leite Rodrigues, Fernanda Oliveira Santos e Marcelo Pires de Oliveira
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2008/resumos/r3-1676-1.pdf&ved=2ahUKEwjW29CwxqDhAhX-HrkGHVZtDPgQFjACegQIARAB&usg=AOvVaw0677AKnyqjTLPDK9Dx9yD1


Kubrick explicando o final do filme

https://youtu.be/er_o82OMlNM



https://pt.m.wikipedia.org/wiki/2001:_A_Space_Odyssey

http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-141417/

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Enquadrando: O Fantasma
fantasma lee falk herói quadrinho primeiro


Um personagem antigo que até hoje continua com uma base de fãs gigantesca, o Fantasma disputa com o Homem de Aço o título de primeiro super-herói das HQs.
Conheça um pouco mais desse fantástico herói nesse vídeo.


Curta o vídeo e se inscreva no nosso canal no YouTube ;-)

Fontes de pesquisa para esse vídeo:

Livro: A história  da HQs Álvaro Moya; editora  L&PM