Personagem criado por Luciano Cunha, um Anti herói/vigilante violento que se mistura em alguns momentos com um criminoso, o doutrinador, é um reflexo do Brasil, e faz o que certamente algum de nós já gostaria de ter feito, certo ou errado, é um Brasil sob vigilância.
Personagem esse que se tornou público em 2013, ano conhecido pelas manifestações, mas coincidentemente surgiu um pouco antes em 2008. Com um traço diferente e sua caracterização muito distante do atual vigilante, que também era o nome do personagem na época.
A edição encadernada, reúne as 3 histórias deste que é o "representante" do povo brasileiro e está prestes a chegar as telas grandes. E o que será que veremos no cinema?Pode conter spoilers.
Início Marcante
Como foi dito, ele é violento, nos mostra um discurso inflamado contra a política corrupta do país, a exploração da fé e a mídia, que de certa forma, doutrina o povo a aceitação através de produtos de áudio e vídeo com qualidade duvidosa. Passando pela visível brutalidade policial, chegando a acordos obscuros e escusos da casta politica brasileira.
Um Pouco de outros Personagens
A cada página lida nos deparamos com algum outro personagem.
Hora o V por sua luta contra o sistema político e ataque a lugares que servem de abrigo a esse sistema.
Passamos por um herói tentando limpar uma cidade da corrupção e da violência com um pouco mais de violência, mas com treinamento, ao estilo de um homem morcego.
Ou um cara atormentado por algo, com treinamento militar, que luta contra aquilo que está errado nas ruas, agindo com sua pericia com uma arma de fogo e usando de agressividade para fazer sua "justiça", sozinho.
Sem contar com o combate as conspirações e tudo que vem com isso, respondendo com força a " Questão".
Hora o V por sua luta contra o sistema político e ataque a lugares que servem de abrigo a esse sistema.
Passamos por um herói tentando limpar uma cidade da corrupção e da violência com um pouco mais de violência, mas com treinamento, ao estilo de um homem morcego.
Ou um cara atormentado por algo, com treinamento militar, que luta contra aquilo que está errado nas ruas, agindo com sua pericia com uma arma de fogo e usando de agressividade para fazer sua "justiça", sozinho.
Sem contar com o combate as conspirações e tudo que vem com isso, respondendo com força a " Questão".
Realidade ou Ficção ?
Mas dai, comparando com outros justiceiros/vigilante/mascarados de quadrinhos, que fazem o mesmo e eu gosto, pensei, eu gosto porque o cenário que eles estão inseridos é ficcional, longe de mim, já O Doutrinador, pisa em terras conhecidas e enfrenta problemas que estão ao meu redor. Então, como fazer?
Assim como aconteceu com outra produção brasileira, o filme tropa de elite, personagens bem reais, num cenário conhecido, mostrava a agressividade do BOPE, a corrupção policial e outros problemas, mas parece que Capitão Nascimento virou herói, fazendo com as próprias mãos, lutando contra um sistema sujo, um tanto quanto....
Isso é claro, minha opinião, pode ser que o autor, Luciano Cunha, queira passar essa ideia mesmo, de um anti-herói que resolve tudo na base do tiro e se baseie no nosso atual cenário politico brasileiro, mas creio que ele também pensa num cenário fictício.
Um Brasil de Referências
Passamos pela planalto central, com a cúpula do governo até Maranhão, que é dita ser controlada por uma família.
Mas também temos referências musicais.
Escutamos o personagem central, durante um de seu discursos em off, citar a frase " é pela paz que eu não quero seguir admitido", e outras citações de música, passando por Matanza, Alceu Valença, cruzando Deep Purple até Led Zeppelin, mas o Rappa, provavelmente a trilha sonora.
Não podemos deixar passar despercebido, nem tem como, os bonecos do Batman, Homem-Aranha e outros.
Eu percebi, acho, que até um certo Deus molusco ancestral do mal deu as caras por aí.
Temos até citação de Saramago.
Sua Arte e Enredo
Desenhos bem dinâmicos e em certos momentos até cinematográficos, o que deixa, pra mim, mais fluida a leitura.
A história em si, também entra no mesmo esquema, uma história ok. A primeira eu gostei muito, uma história simples, um misto de vingança e inconformidade, inicio e meio, com um final digno de um herói que se sacrifica pela missão.
A segunda história, Marcelo Yuka, por mais bem escrita que foi, achei ela muito "over", já que se trata da queda do governo, apesar que a ideia de que o herói é o exemplo a ser seguido, que o herói é a máscara e não que a veste me agrada muito, com um plot Twist até previsível, mas satisfatório.
E na edição encadernada, ainda encontramos artes de outros autores, reimaginado o Doutrinador.
E ai, você já leu? Ficou curioso? Ainda tem o filme.
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Tem muitos pontos em comum com um quadrinho que li , também de 2013 chamado "Revolta", do desenhista André Caliman. Mas nesse, o vigilante em questão não se dá muito bem.
ResponderExcluirEsse eu não conheço ainda, vou dar uma procurada, se o vigilânte não se dá bem, pelo jeito é mais realista.
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